Crise entre Colômbia e EUA revela novo tom da política externa de Trump para a América Latina
A recente tensão entre Colômbia e Estados Unidos, envolvendo voos militares com imigrantes deportados, expôs uma possível reformulação da política externa americana para a América Latina sob o governo de Donald Trump. Em sua posse, no último dia 20, o presidente americano afirmou: “Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós“, destacando um posicionamento assertivo em relação à região.
A crise foi desencadeada no domingo, quando o presidente colombiano, Gustavo Petro, recusou-se a autorizar o pouso de aviões militares norte-americanos com imigrantes ilegais deportados. Trump respondeu com o anúncio de sanções econômicas a Bogotá, que incluíam restrições a vistos e comércio. Contudo, após intensas negociações, o governo colombiano recuou, permitindo que os voos aterrissassem em Bogotá entre ontem e hoje.
Repercussões regionais
A postura rígida da Casa Branca também gerou manifestações no Brasil, cujo governo criticou a chegada de imigrantes deportados em condições desumanas, como algemas e correntes nos pés. A situação acendeu o alerta sobre como as políticas migratórias e comerciais de Trump podem impactar a relação entre os Estados Unidos e países da América Latina.
Esse episódio reforça o desafio que líderes da região enfrentam ao buscar equilibrar interesses nacionais e manter parcerias estratégicas com Washington, em meio a uma política externa americana que prioriza seus próprios interesses.
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